
Uma onda de denúncias expôs alegadas práticas de maus-tratos e violações de direitos laborais em um parque industrial situado na província do Bengo. Trabalhadores relatam que vivem em condições desumanas e que, em muitos casos, se sentem “presos” dentro da própria empresa.
Segundo os depoimentos, funcionários são impedidos de regressar às suas casas após o término da jornada laboral, sendo obrigados a permanecer nas instalações. “Não somos presos da empresa, somos trabalhadores. Queremos ter a liberdade de entrar e sair, desde que cumpramos o horário de trabalho”, disse um trabalhador em tom de desabafo. Além disso, há relatos de longas horas de trabalho excessivo, pressão psicológica e falta de condições dignas.

O clima descrito remete a práticas de exploração severa, colocando em causa a dignidade e os direitos básicos dos trabalhadores. Denúncias reincidentes e suspeitas graves Esta não é a primeira vez que denúncias envolvendo a mesma unidade industrial chegam ao público. Em ocasiões anteriores, já haviam sido reportados casos de maus-tratos, cárcere privado e até relatos de mortes em circunstâncias pouco esclarecidas, o que levanta sérias preocupações sobre a ausência de fiscalização e responsabilização. Apelo às autoridades Diante da gravidade dos fatos, trabalhadores e ativistas locais pedem a intervenção urgente das autoridades competentes, incluindo a deslocação de uma delegação de deputados ao local. O objetivo é investigar as acusações, garantir a proteção dos trabalhadores e responsabilizar eventuais responsáveis por abusos. Organizações de direitos humanos também começam a acompanhar o caso, alertando que a situação pode configurar violação grave dos direitos humanos e laborais previstos na legislação nacional e em convenções internacionais.