Saneamento básico de mal a pior
A falta de urbanização e a precariedade do saneamento básico está a preocupar os moradores do bairro alto vidrul, localizado na comuna do kifangondo, município do sequele, província do Icolo e Bengo. O facto está a contribuir para a elevada existência de redes de esgotos improvisadas em residências daquela zona, uma situação que já perdura há longos anos e o cenário vai se tornando cada vez pior carecendo de um novo mapeamento para dar uma imagem digna naquela circunscrição.
Por: João Afonso
Com objectivo de canalizar as águas residuais provenientes das torneiras danificadas, os moradores do bairro alto vidrul foram obrigados a improvisar uma rede de esgotoquese tornou a principal caixa postal para quem vá ao interior do referido bairro.
Como se sabe, o uso inadequado da rede de esgoto pode gerar problemas ao meio ambiente e aos próprios moradores quando na verdade a nível daquele bairrotrata-se de uma rede improvisada que recebe a água vindo dascasas de banho e das torneiras causando cheiro nauseabundo e mal estar, como constatou a nossa reportagem.
Para a moradora Tamare Essenje Chiaca, o alastramento das valas é resultante da falta de uma rede própria de esgoto atendendo osloteamentos clandestinos que dão aconstrucções anárquicasde casas uma vez que acrescenta a entrevistada os moradores têm feito escavações no sentido de evacuar as águas provenientes das torneiras,casas de banho e outras fontes.
De seguida, a moradora mostrou-se preocupada com a presença de crianças que fazem do local o seu carrossel ignorando o perigo já que se trata de um atentado a saúde pública.
“A situação piora emtempo chuvoso, as crianças não vão as aulas porque as escolas fecham devido ao bairro que fica completamente intransitável”, lamentou.

Já a moradora Rosa Domingos António mostra-se agastada pela forma como estão as ruas. “ Eu pessoalmente faço limpeza e precisamos valas em condições, pois aqui podem ser fontes de contaminação de várias doenças” salientou.
Outra preocupação vem do jovem Américo Feliciano residente há 20 anos nesta circunscrição. Para ele, o problema reside na canalização da água domiciliar uma ideia partilhada pelo jovem Augusto António Feliciano,por sinal técnico de gestão e contabilidade que alega a falta de higiene pessoal.
“As pessoas devem ter um comportamento melhor para quese evite as doençase chamo a responsabilidade a todos os moradores para combater essa situação.
O nosso jornal interpelou o coordenador da comissão de moradores,que reconheceu o triste cenáriovivido no bairro tendo reconhecido a ineficácia do saneamento básico.

“Estamos a trabalhar junto das entidades governamentais no sentido de inverter a situação até porque já reunimos e chegamos a conclusão que são os moradores os principais culpados, eles não têm a cultura de conservar a água e tampouco os bens como é o caso das torneiras, o problema das águas vandalizadas nas comunidades é de domínio de todos e a coordenação carece de politicas de charruar as ruas,” contou o responsável.
“As nossas ruas estão estragadas uma vez que as viaturas não circulam no interior do bairro e tal facto cria embaraços quando há cenário de óbitos e faz o pessoal transportar o caixão com longas distancias até encontrar o asfalto, isto é um caso sério”, considerou o responsável clamando por dias melhores.
O Responsável aproveitou a ocasião para apelar aos moradores a regularizarem as quotas mensais para que se cumpra com alguns projectos em prol da comunidade, pelo contrário, será difícil dar uma solução,acrescentou Luciano Cassoma.
O Bairro Alto Vidrul conta com 7 sectores e foi fundado no dia 19 de Novembro de 1959.

