Por: Redacção
Algumas escolas e unidades sanitárias em Cacuaco “engolidas” pela província do Icolo e Bengo por força da nova divisão politíco admnistrativa, está a impactar negativamente a vida da população que contínua a clamar por serviços de saúde, educação e outros bens sociais como é o caso do bairro Otanganga que espera pela construcção de novas infraestruturas.
A inquietação foi manifestada pelo coordenador da comissão de moradores que responde pelo nome de Miguel Manuel Domingos que ao longo do seu discurso queixou-se da inexistência de escolas públicas e unidades hospitalares.
“ Aqui no nosso bairro existem apenas duas escolas do ensino privado que leccionam do pré escolar até ao I ciclo, é uma situação bastante difícil já que nem todas as pessoas têm condições financeiras para matricularem os seus filhos nestes establecimentos de ensino” disse.
Beatriz Miguel Gomes, é uma das moradoras que clama pela construcção de escolas públicas bem como unidades sanitárias e tal preocupação é partilhada pelo Sr. Raine Domingos que aponta o periodo nocturno como sendo o que oferece maior preocupação, na eventualidade de um membro familiar apresentar um quadro clinico assustador, tendo avançado que havendo toda necessidade de correr riscos maiores de vida para se alcançar os serviços de saúde que ficam mais longíquos, salientou.
O munícipe reconheceu que apesar da falta de escolas públicas e unidades sanitárias, o bairro Otanganga beneficia do fornecimento de energia électrica bem como de água pótavel, que dos quais são ganhos.
Refira -se que a origem da denominação do bairro ” Otanganga” deriva-se da língua Kimbundu que significa ” Canto das salinas” onde no passado produzia-se o sal para o consumo da população.
Com uma população estimada em mil habitantes, na sua maioria composta por jovens e adolescentes, a mesma dedica-se a actividade pescatória e o comércio como sendo as principais fontes de rendimento.

