Pegar o lápis contínua a ser um sonho adiado para várias crianças residentes no bairro vidrul onde não há estabelecimentos de ensino de gestão pública como avançou ao nosso jornal o coordenador da comissão de moradores daquela zona, localizado no município do Sequele, província do Icolo e Bengo.
Por: João Afonso
Os pais e encarregados de educação que tencionam ver o seu educando a frequentar uma escola para aprender o ABC, são obrigados a ter o bolso cheio para pagar as propinas mensais que segundo eles não tem sido fácil tendo em conta o elevado custo de vida enfrentado pelos angolanos.
Os entrevistados que preferiram falar ao anonimato clamam junto das entidades governamentais para que se construam escolas onde as crianças possam garantir uma formação académica e por conseguinte concretizarem os seus sonhos.
“Temos de pagar a escola e infelizmente nem todos têm a capacidade financeira de matricular o seu filho num colégio com gestão privada e isto faz com que tenha várias crianças às ruas deambulando de um lado para o outro, isto é bastante lamentável, onde vamos tirar dinheiro sempre”, interrogaram as fontes.
De acordo com o coordenador da comissão de moradores do referido bairro, Luciano Casssoma a zona conta apenas com instituições de ensino com gestão privada dificultando assim as famílias com rendas desfavoráveis.
O responsável que falou da existência de 12 colégios com ensino particular dentro daquela circunscrição lamenta a situação e espera por dias melhores uma vez que geograficamente o bairro pertence agora a nova província denominada Icolo e Bengo.
Sem educação e sem saúde
O direito à saúde está inserido em um amplo grupo de questões relacionando a saúde e o bem-estar onde a falta de urbanização e a precariedade do saneamento básico que o bairro apresenta há longos anos tem contribuído negativamente para os cuidados primários da saúde agudizando -se com a falta de unidades sanitárias onde os populares para além de guardar dinheiro para a componente do ensino – aprendizagem também são obrigados a faze-lo para conseguir manter uma saúde melhor acorrendo aos postos de saúde privados e em clínicas arredores.
“As pessoas recorrem aos postos de saúde privados onde as cobranças são elevadas criando muitas vezes um recuo de quem o bolso estiver vazio comprometendo o direito a saúde ” conta o coordenador do bairro.
Com esta situação, espera-se que doravante o governo venha a expandir e melhorar os cuidados bem como a educação das crianças privilegiando o pré-escolar, a educação primária, garantindo assim a universalização de uma educação primária dos 6 aos 18 anos.

