Chuvas colocam em risco a circulação de crianças
De um modo geral, os nossos entrevistados definem o bairro como calmo apesar de algumas preocupações que os incomodam no quotidiano. Trata-se do bairro 17 de Setembro vulgo Nova Urbanização, localizado no município de Cacuaco onde a caracterização da zona peca pela forma degradante em que se encontram algumas ruas como constatou o nosso jornal.
Por: João Afonso
O nome nova urbanização não reflecte a realidade da área a julgar pelo actual cenário como avançou ao nosso jornal o morador Jaime Garcia de Sene, morador da rua da mulata tendo na ocasião reconhecido que outrora o bairro já esteve melhor mas com a construção de novas infra-estruturas e o crescimento demográfico cita o nosso entrevistado o panorama mudou bastante ao ponto de haver já a existência de ruelas e becos.
“É uma situação que deve preocupar os nossos governantes, precisamos por exemplo que se melhore as vias de acesso para facilitar as nossas vidas, já faz tempo que aguardamos pelos resultados satisfatórios”.
O tempo chuvoso é apontado como um calcanhar de Aquiles, porém, é nesse período relatam os nossos entrevistados que algumas ruas ficam intransitáveis.
Para a moradora Suzete João Alexandre que está há pouco tempo a residir naquelas paragens mostrou -se surpreendente pela imagem do bairro tendo sugerido que se asfalte as ruas já que não é possível em tempo chuvoso a mobilidade humana e rodoviária, referiu a nossa entrevistada que se mostrou bastante preocupada.
Outro grito de socorro vem do jovem Tiago Victórino que solicita a intervencção de uma terra abatida para que as ruas fiquem organizadas apontando os lodos causados pelas chuvas como um entrave para quem tenciona sair de casa.
Já a dona Victória Eduardo, residente no bairro há 11 anos pede as autoridades locais a efectuarem um trabalho mais aturado no sentido de se entulhar as ruas.
“Graças a solidariedade dos vizinhos temos entulhado as ruas da nossa maneira, mas o mesmo não se pode dizer por exemplo da rua da aliança onde os carros não passam” lamentou a nossa interlocutora.
Continuando, dona Victória falou também do pântano criado na rua que é motivado pelas águas das chuvas e referiu que os moradores vezes sem conta capinam mas quando menos esperam, o capim nasce novamente por causa da chuva.
“ Apesar de os pesares, eu aprecio bastante o espaço verde, até que é bonito”, enfatizou a nossa interlocutora “ que de seguida disse que o importante é manter um ambiente puro.
A nossa reportagem constatou também no local algumas escavações que perigam em tempo chuvoso, nesse particular, o ancião José Gonçalves, residente há 20 anos na zona, informou -nos que encontrou a área desértica e água escorre até ao mar.
“ Felizmente nunca vimos alguma criança a ser arrastada pelas águas, pois, temos mobilizado os nossos filhos a não permanecerem nas ruas quando chove, uma vez que a corrente é maior e pode arrastar as crianças ao mar”.
O nosso Jornal contactou o Coordenador da Comissão de Moradores do sector 03 que simplesmente nos virou às costas.


