Trata -se da jovem Teresa Bendi de 32 anos de idade, residente no município de Cacuaco, bairro retranca onde actualmente vive sob custódia dos pais numa condição de precariedade. A mesma tem dois filhos, ambos do sexo masculino com idades compreendidas entre 4 a um ano.
Por: João Afonso
Depois de ser abandonada pelo marido, Teresa conta que tem vivido dias difíceis no seu dia -a-dia por causa da condição em que ela se encontra. Ela diz que antes vivia em casa de renda e foi aí que o companheiro a deixou a sua própria sorte e de seguida decidiu regressar a casa da mãe.
“Para mim não tem sido fácil, os familiares do meu marido não me querem, eles disseram que não querem uma pessoa como eu, não querem uma pessoa da minha cor, até ele é escondido para não se encontrar comigo, já fui para lá quatro vezes e fui enxotada por um dos tios dele” Lamentou.
A nossa entrevistada alega que desde que se separou do seu companheiro só uma vez que terá recebido um valor correspondente a sete mi kz e daí nunca mais terá se beneficiado de algum apoio.
“Graças ao meu irmão que me cedeu o quarto dele onde eu durmo com as minhas duas crianças, mas mesmo assim sinto – me mal, pois preciso de ter também o meu próprio teto” enfatizou a jovem que clama continuamente pela ajuda.
Como se sabe o albinismo é uma doença genética hereditária, na qual as células do corpo não são capazes de produzir melanina, um pigmento que, quando está em falta, resulta em falta de cor na pele, olhos, pelos e cabelos, as pessoas albinas também têm um risco aumentado de desenvolver alguns problemas de saúde, especialmente problemas de visão, como é o caso da jovem Teresa que se vem queixando já algum tempo sem ter feito algum diagnóstico a propósito.
A jovem informou ao nosso Jornal que tem tido de forma regular infecções na pele, dores constantes no peito, uma situação que segundo a mesma a deixa desconfortável.
Outrossim, está a situação da pele que carece de um tratamento melhor, ela queixa-se de produtos para garantir a saúde e protecção da pele como por exemplo o creme e a pomada.
“Nunca usei pomadas, usava óleo de baleia, a minha pele está muita rija e contém muitas feridas, muitas coceiras, e também há várias borbulhas nos olhos, não consigo comprar nenhum produto, porque neste momento não vendo, o meu negócio foi a falência, por isso que peço ajuda às pessoas benfeitoras.”
Importa referir que no nosso País existe a Associação de Apoio de Albinos de Angola que trabalha para consciencializar a sociedade e melhorar as condições de vida dos albinos .
