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Agosto 23, 2025

1 thought on “Combate a corrupção falhou

  1. Viva! Presidente.

    O discurso do Presidente Manuel Fernandes representa um grito de consciência nacional. Ao descrever a dura realidade do camponês angolano -que dorme no chão, toma banho no rio, anda com roupas rasgadas e cozinha com lenha —, MF não está apenas a denunciar o abandono do campo. Está, na verdade, a chamar atenção para o fracasso de décadas de políticas públicas mal pensadas ou mal executadas, que deixaram milhões de angolanos à margem do desenvolvimento.

    1. A valorização do camponês como base do desenvolvimento nacional

    É urgente compreender que sem investir no camponês, não há segurança alimentar nem soberania económica. O Estado angolano precisa de sair do modelo de assistencialismo e passar para políticas estruturantes, como:

    Criação de programas de mecanização agrícola acessíveis, com crédito rural justo e formação técnica.

    Investimento em infraestruturas rurais básicas: estradas, pontes, acesso à energia, água potável, escolas e centros de saúde nas zonas agrícolas.

    Criação de cooperativas agrícolas com apoio técnico e acesso a mercados, permitindo que os camponeses tenham canais justos de escoamento da produção.

    2. Educação como base para a transformação

    Como MF insinuou ao dizer que muitos nem veem TV ou ouvem rádio, existe uma grande barreira de acesso à informação e ao conhecimento. A alfabetização, a formação técnica e a educação de base são pilares fundamentais para a autonomia das comunidades. Algumas medidas práticas:

    Construção de escolas comunitárias adaptadas ao meio rural.

    Formação de professores com incentivos para atuar no campo.

    Programas de rádio comunitária educativa, para alcançar até quem está distante dos meios urbanos.

    3. Reformar o sistema de saúde público

    MF aponta, indiretamente, para a degradação dos serviços básicos. A saúde é um direito. Para que o camponês (e o cidadão comum) não continue a morrer por falta de atendimento, é necessário:

    Reformar os hospitais públicos com mais investimento em medicamentos, equipamentos e recursos humanos.

    Implantar postos de saúde rurais móveis, que se desloquem até as comunidades.

    Aumentar a fiscalização contra corrupção no setor da saúde, onde recursos muitas vezes desaparecem.

    4. A mudança de mentalidade governativa

    MF mostra algo que muitos têm medo de dizer: o problema é estrutural. Angola não vai melhorar enquanto o governo continuar a colocar o interesse partidário acima do bem comum. Isso exige:

    Transparência na gestão pública com prestação de contas.

    Participação cidadã nas decisões locais, através de conselhos comunitários ou orçamentos participativos.

    Despartidarização das instituições públicas, para que o Estado funcione para todos, e não apenas para os filiados do partido dominante.

    O Dr.Manuel Fernandes deu um passo importante ao romper o silêncio. É necessário que outros líderes, partidos e a própria sociedade civil comecem a construir uma nova narrativa: a de um Angola onde o camponês seja tratado como um agente estratégico do desenvolvimento, e não como um peso esquecido.

    Chegou a hora de uma nova geração de políticas públicas-centradas no ser humano, na dignidade, na justiça social e no desenvolvimento sustentável.

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