
Nasceu como uma criança comum, saudável e por sinal no seio de uma família na província de Benguela. Mas quis o destino em 2003, exactamente no ano em que a mesma nasceu, a então pequena Francisca Kanhina que já se encontrava a engatinhar sofrera uma queimadura do segundo grau por conta de uma panela de água que caiu sobre a cabeça da mesma e actualmente está longe de um diagnóstico profundo.
Por: João Afonso
Em declarações a nossa reportagem, a sinistrada se encontrava em companhia de um suposto tio em casa para mais tarde e para o espanto da família a pequena meter-se em choros e gritos, situação que levou a suspeitar que se tratava de algo anormal.
Depois de se constatar que se tratava de um acidente, a pequena Francisca terá sido assistida de imediato por um suposto técnico de enfermagem na comunidade e de seguida com alguns rituais, conta o pai que na altura sentira o seu coração rasgado em face a tragédia.
Mediante as constatações deu -se conta que se estava diante de uma queimadura que atingiu a parte superior da cabeça que provocou a perda do cabelo.
Consequências da queimadura
A jovem Francisca que agora conta com 22 anos de idade sofre de uma crise de nervos, facto que obrigou com que fosse afastada da escola uma vez que por força da situação já não acatava as orientações dos professores e mergulhava -se sempre em conflitos com a turma acrescenta a fonte.
De acordo com o pai que responde pelo nome de Ângelo José Mujanga que se encontra na condição de desempregado manifesta a situação com uma lágrima no cantinho do olho tendo em conta o nível de sofrimento enfrentado pela família.
“Nós passamos fome, não temos condições para leva-la a um hospital, sequer consigamos ter uma vida digna pelo que pedimos ajuda a sociedade angolana”.
Recordar que as queimaduras estão classificadas pela sua profundidade tais como em primeiro (superficial), segundo (espessura parcial) e terceiro grau (espessura total).
Importa referir que Francisca Kanhina vive actualmente no município de Cacuaco, bairro retranca em Luanda.