
O projecto “EU ME FORMEI NA MINHA BANDA” tirou vários adolescentes e jovens do mundo da criminalidade oferecendo cursos gratuitos nas áreas de frio e climatização, mecânica e soldadura industrial. o referido projecto de iniciativa do centro de formação técnico profissional FPCI localizado no bairro petrangol, município do hojy ya henda compromete – se a continuar com o programa.

Por: João Afonso
Cerca de 30 jovens que na sua maioria dedicava-se em acções criminosas abraçaram a formação técnica profissional no centro FPCI depois de uma mobilização levada a cabo pela direcção do referido centro na pessoa do seu Director geral, Fortunato Pinto da Costa.
Para o jovem Valentim Sebastião Martins essa oportunidade constitui um novo capítulo na sua vida tendo confessado neste jornal que doravante o seu compromisso é desenvolver habilidades técnicas para conseguir um emprego.
“Eu já fui delinquente, mas agora as minhas atenções estão viradas para uma vida nova, preciso de fazer essa formação, eu escolhi o curso de frio e climatização e desencorajo os meus amigos a deixarem de roubar”salientou.
Outro Formando que responde pelo nome de Fernando João que optou igualmente pelo curso de Frio e Climatização mostrou -se satisfeito pelo projecto lançado tendo considerado como magnífico.
“Eu agradeço a Deus, pois não é fácil qualquer pessoa vir ao nosso encontro para nos oferecer este tipo de curso e aproveito a ocasião para desencorajar os meus amigos que continuam no mundo da delinquência”.

Miranda Vieira também faz parte deste grupo e aceitou imediatamente o desafio para mais adiante dizer que a família pode esperar muito dele.
“Deixem de usar drogas, o salário de tudo isso é a morte, somos jovens e ainda temos oportunidade para mudar as nossas páginas, isto não tem lucro, não compensa, eu trazia muitos problemas em casa, a minha mãe chorava muito e inclusive não lhe prestava atenção”
Judith André Nelson por sinal única menina no grupo agradeceu o gesto. A mesma que protagonizava confusões no bairro disse que quer contar com o apoio de todos.
“Eu quero pedir às minhas amigas para também se juntarem neste projecto, o álcool e as drogas não ajudam em nada e eu prometo abraçar essa oportunidade que me foi dada, estou admirada, mesmo sem dinheiro, vou frequentar este curso e quero agradecer ao responsável do projecto” realçou a menina que se mostrou comovida.

A META É FORMAR MIL JOVENS
Por sua vez o mentor do projecto e Director Geral do centro FPCI, Fortunato Pinto da Costa, mostrou – se reafirmou o seu compromisso com a comunidade privilegiando o rigor, confiança e o bem servir, que a posterior estendeu o mesmo compromisso aos pais e encarregados de educação.
O Dirigente referiu que o projecto nesta primeira fase conta apenas com trinta (30) jovens que foram beneficiados dentre os quais jovens que faziam parte do grupo de gangues e também aqueles que não têm condições financeiras.
“A nossa intenção era na primeira fase começarmos com cem jovens (100) mas como ainda não temos patrocinadores, tínhamos de começar mesmo assim ou seja com as nossas condições, pretendemos anualmente formar mil jovens (1000) ajudando aqueles que não têm alguma possibilidade financeira e principalmente para os jovens mergulhados no mundo do crime quer no bairro Petrangol quer noutras zonas de Luanda” desafiou Fortunato Pinto da Costa.
O nosso entrevistado quer contar com ajuda da classe empresarial e demais instituições para juntos abraçarem o projecto em nome da colectividade.