A população do bairro Deolinda Rodrigues, em Luanda, municipio de Cacuaco vive uma rotina marcada pela escassez de água potável, dependendo de fontes alternativas e enfrentando custos elevados para garantir o abastecimento básico.
Por: Redacção
A falta de água no referido bairro tem se agravado nas últimas semanas, deixando vários moradores em situação de grande vulnerabilidade. Segundo relatos de residentes, as famílias são obrigadas a recorrerem à compra de bidões e ao abastecimento por camiões – cisterna, que muitas vezes aparecem de forma irregular e com preços elevados.
Cergira Marques residente naquela região disse que enfrenta a situação há mais de 10 anos,a mesma diz encontrar muitas dificuldades o que os leva comprar cisterna no valor de 35.000 a 40.000 mil kzs
A dependência de pontos privados de venda tem pressionado o orçamento familiar. “Há quem gaste mais com água do que com alimentação”, afirma outro morador, que preferiu não ser identificado. O problema afecta também pequenos comerciantes, que relatam dificuldades para manter estabelecimentos que dependem do recurso para funcionar.
André António Quim também morador da zona questiona os critérios utilizados para a colocação de chafarizes pelo que apela justiça na distribuição do precioso liquido.
Embora alguns carros – pipa abasteçam partes do bairro, moradores afirmam que o serviço é irregular e muitas vezes caro. Em áreas mais afastadas, o abastecimento simplesmente não chega acrescentam os nossos entrevistados.
“As vezes o camião passa, mas não temos dinheiro para comprar. E quando não temos água em casa, não há escolha: usamos o que encontramos” , comenta a Senhora Zita Pedro.
Enquanto isso, a comunidade continua a apelar às autoridades por uma solução urgente. A escassez prolongada tem colocado em risco não apenas o bem-estar das famílias, mas também a saúde pública, já que a higiene básica passa a depender da disponibilidade financeira de cada agregado.
Já o presidente da comissão de moradores do bairro Deolinda Rodrigues, João Ferreira reconhece a escassez de água na comunidade e disse que tudo tem feito junto as autoridades governamentais para a inversão do quadro.

