
Há sensivelmente 15 anos, decorria a Revolução Jasmin, o início da Primavera Árabe, que foi um acto de um jovem, Mohamed Bouazizi, um vendedor ambulante que, após ter sua mercadoria confiscada e ser humilhado pela polícia, ateou fogo ao seu corpo em protesto. Mas isto não foi o problema. O problema deu-se quando o vídeo viralizou nas redes sociais, o jovem em chamas, gerando uma onda de indignação jamais vista no seio dos jovens, e deixou cair vários governos na região do Magreb e Médio Oriente em forma dominó.
A maior parte destes países não recuperou na totalidade, excepto a própria Tunísia onde tudo começou. Egipto ainda tem eleições gerais como desafio, Líbia não consegue se reerguer como era, Síria, Iêmen, todos com problemas.
Foi o poder das Redes Sociais que determinou estes episódios, onde houve aproveitamento para atingir certos fins, e, por esta razão muitos países monitoram estas plataformas, Facebook, Twitter e YouTube serviram como ferramentas para organizar manifestações e divulgar locais de protesto, jovens compartilharam convites e slogans de forma viral.
Está mais do que claro de que, quem governa, deve acompanhar a dinâmica das redes sociais, pois ela trouxe alguma emancipação social. Hoje, qualquer pessoa possui um telemóvel, e por esta via acompanha o país, nos táxis, nas mercados, em qualquer esquina, têm acesso a conteúdos de todo tipo, de Angola ou outras latitudes, comparam realidades, e com isto conseguem formar suas próprias opiniões.